quarta-feira, 26 de julho de 2017

Entrevista com Marco Garcia, presidente da Câmara Municipal e vereador do PPS

Em nenhum momento, eu ou o PPS fomos convidados a participar da Prefeitura

Por: Germano Martiniano

Na tarde desta terça-feira (25), em que foi aprovado na Câmara Municipal de Franca o repasse de R$ 3 milhões para a Santa Casa de Franca para o custeio dos atendimentos nos meses de julho, agosto e setembro, Marco Garcia, presidente da Câmara e vereador pelo PPS, concedeu entrevista ao blog do PPS/Franca.



Na conversa Marco falou dos seus maiores desafios nos quatro mandatos como presidente da Câmara, do número de vereadores em Franca e também da situação atual do país e da prefeitura de Gilson de Souza. “A prefeitura atual está meio atrapalhada, o Gilson sempre trabalhou no legislativo, agora no executivo tem tido erros constantes”, avaliou o vereador do PPS.

Veja a seguir trechos da entrevista:

1) Blog PPS: Quais foram os maiores desafios nestes quatro mandatos como presidente da Câmara Municipal de Franca?

Marco Garcia: Cada ano se tem um desafio. No ano passado colocamos a TV Câmara no ar, investimos na acessibilidade do prédio para pessoas portadoras de necessidades especiais e hoje o prédio está de acordo com a Lei de Acessibilidade. Também investimos no plano de carreira para os servidores públicos desta casa, o que permitiu que os funcionários permanecessem aqui, pois antes assim que recebiam melhores propostas eles pediam demissão. Todas essas melhorias dependiam da ação do presidente e eu pude realiza-las com ajuda de todos meus assessores. 

2) Blog: Hoje, Franca conta com apenas 15 vereadores, cidades menores que a nossa na região possuem mais, como é o caso de Rio Claro com 17. Você acredita que para próxima eleição esse número será elevado?

Marco Garcia: Depende somente dos vereadores votarem, é uma matéria, que como se diz o ditado “é um prato indigesto” devido ao momento atual do país de crise econômica, afinal se elevariam os custos da Câmara Municipal. E minha opinião vai nessa direção também, pois não é somente o número de vereadores que irá aumentar, mas o número de assessores e analistas, o que traria um grande impacto econômico. Portanto, não acho o momento adequado.

3) Blog: Como você avalia a prefeitura de Gilson de Souza neste primeiro ano?

Marco Garcia: A administração do Gilson de Souza tem cometido algumas trapalhadas, não sei se pelo fato dele ter sido sempre do legislativo, duas vezes vereador e três vezes deputado, e agora estar gerindo uma cidade, ou seja, sendo do executivo. O problema é que os erros têm sido constantes, até mesmo a base aliada, como o vereador Correia Neves, tem criticado duramente a Procuradoria, o departamento jurídico da prefeitura. Por exemplo, o projeto aprovado hoje da Santa Casa deveria ter vindo para Câmara há três meses, e veio somente hoje em regime de urgência. Sinto o governo ainda meio perdido!

4) Blog: Por que o PPS é oposição ao Gilson de Souza?

Marco Garcia: Em nenhum momento eu ou o PPS fomos convidados a participar da Prefeitura. Eu tenho experiência de 20 anos de vida pública, se o prefeito não me chamou, não chamou o PPS para conversar, certamente, porque ele teria fechado com outros vereadores e não teria necessidade de fazer algo com a gente. Eu não faço oposição por fazer, eu critico aquilo que tem necessidade de criticar e elogio quando se tem que elogiar, mas está difícil encontrar um ponto positivo nesta administração.

5) Blog: Franca é um dos piores PIBs (produto interno bruto) entre as grandes cidades do estado de São Paulo, por que? 

Marco Garcia: Somos uma cidade operária quase que mono-indústria. Tivemos nos últimos anos até uma diversificação da atividade industrial, por exemplo, com as fábricas de lingerie. No entanto, nossa atividade industrial ainda gira muito entorno da produção do calçado masculino e o que temos de industrias diferentes são aquelas que servem à produção calçadista, como: solados, palmilhas, cadarços etc. No geral a cadeia produtiva se concentra no calçado, que tem baixo valor agregado. Essa falta de diversificação industrial prejudica o nosso PIB. Uma solução para melhorar nosso PIB seria melhorar a fiscalização sobre o Imposto Sobre Serviço (ISS), que é dinheiro municipal e não estadual, assim poderíamos melhorar a arrecadação e o dinheiro poderia ser revertido para a cidade.

6) Blog: Tivemos na última semana o aumento do preço do combustível, o que deixou a população revoltada. Como você avalia a situação atual do país e o governo Temer?

Marco Garcia: O que tenho visto nos noticiários é que o governo Temer perdoa bilhões de reais de bancos e outras grandes empresas e quem “paga a conta” é o trabalhador brasileiro. Por que o governo não confisca o dinheiro dessas grandes empresas? O Temer, portanto, deveria ter a coragem de cortar na “carne” o excesso de cargos e comissões para ser, verdadeiramente, um estadista. O que vejo hoje é que nosso presidente é um autoritário, tanto é que fez esse aumento da gasolina por decreto e não por lei.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

PPS Franca recebe a visita do vereador de Rio Claro, Yves Carbinatti

O encontro teve como objetivos a troca de experiências entre os vereadores e o fortalecimento do PPS no interior de São Paulo

Por: Germano Martiniano


                         Na foto da esquerda para direita: Germano Martiniano; Yves Carbinatti; Marco Garcia; Alberto Aggio e Arnaldo Bianchini

O PPS Franca, representado pelo vereador Marco Garcia, recebeu na manhã desta sexta-feira (21), na Câmara Municipal, o vereador de Rio Claro, Yves Carbinatti, também eleito pelo PPS. O encontro teve como objetivos a troca de experiências entre os vereadores e o fortalecimento do PPS no interior de São Paulo. Além dos vereadores estiveram presentes na reunião o assessor de Yves, Arnaldo Bianchini, e o professor e historiador, Alberto Aggio.

Marco Garcia resumiu o encontro como uma oportunidade de se fortalecer os municípios e conhecer novas lideranças. “As pessoas vivem, cada vez mais, nas cidades, então é importante trocas de experiências para se fortalecer as políticas municipais. Um outro ponto a ressaltar é que destas reuniões vemos, como no caso do Yves, jovens lideranças que serão nossos deputados, governadores no futuro”, avaliou o vereador francano.




Para Yves Carbinatti, que ainda é jovem no mundo político, a reunião com o vereador francano, que já está no seu quinto mandato, foi valiosa no sentido de adquirir mais experiência. “Este intercâmbio é fundamental, saio daqui com mais conhecimento e poderei levar para minha cidade projetos e ideias que vêm sendo aplicadas pelo vereador Marco em Franca. Espero também ter deixado minha contribuição e exemplo”, disse o vereador de Rio Claro, que é cadeirante desde 2008, quando sofreu acidente de carro, e que agora, como político, tem trabalhado em várias frentes de apoio aos deficientes físicos.



Em consonância com o que disseram os vereadores e visando fortalecer o PPS em Franca e região, Alberto Aggio ressaltou: “precisamos ampliar os contatos do PPS Franca com outras cidades e valorizar as lideranças do partido, especialmente, a do Marco Garcia, que é uma liderança muito expressiva e legitimada na cidade francana”.



O encontro também serviu para acertar alguns detalhes da organização do diretório municipal do PPS em Franca. No dia 05 de agosto, na Câmara Municipal, será votada nova diretoria que irá administrar o partido nos próximos anos.


                                                                                                                      

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Presidente Marco Garcia indica destinação para antigo prédio da Mogiana

O presidente da Câmara Municipal de Franca, vereador Marco Garcia (PPS), indicou ao prefeito de Franca, Gilson de Souza, que seja dada uma destinação o quanto antes para o antigo prédio da Mogiana, que fica entre as avenidas Chico Júlio e Integração, na Estação.

Marco afirmou que a localização do prédio é privilegiada e que muitos aparelhos públicos podem ali ser instalados para beneficiar a população. “Uma de minhas sugestões é que se construa no prédio a segunda unidade do Restaurante Bom Prato, pois atenderia a região da Estação, que é densamente povoada e repleta de estabelecimentos comerciais”, disse o presidente da Câmara.
Outra sugestão dada por Marco Garcia é que se instale no prédio uma subprefeitura, a exemplo do que já existe em várias outras cidades. “Não é necessário nem aumentar o número de servidores, mas dividir, com uma parte vindo para a Estação. Quem mora em uma vasta região, que abrange bairros da zona norte, desde o City Petrópolis e o Paineiras, até a zona oeste, até em bairros como Palermo City ou Esmeralda, poderá ser atendido mais perto de casa”, afirmou o vereador.
O presidente concluiu dizendo que fez sugestões para ajudar a Prefeitura a encontrar um caminho para o problema. “Este prédio está enfeiando nossa cidade. É preciso revitalizar. Espero que o prefeito acate e faça, pois demanda pouco dinheiro, é apenas uma reforma”, finalizou Marco Garcia.

Alberto Aggio: Caminhamos para uma eleição falsa?

A expectativa de chegarmos a bom porto em 2018 esvai-se a cada dia

No seu Aventuras da Dialética, de 1955, ao examinar o dilema das revoluções quanto à liberdade e à emancipação do homem, Merleau-Ponty profere uma sentença que foi vista como bastante audaciosa: “As revoluções são verdadeiras como movimento e falsas como regimes”. Os regimes políticos derivados do comunismo soviético eram o alvo imediato. Mas a frase tinha pretensões de universalidade: diante de um fenômeno histórico, o filósofo francês formulava uma tese que atribuía à “verdade” e à “falsidade” peso definitivo na sua compreensão.
A sentença ensejava um risco imenso. A própria França carregava em sua História, que tinha em 1848 um dos seus epicentros, a mais “verdadeira” das revoluções, depois de 1789. Dela resultou a Segunda República, um regime político que, longe de ser falso e apesar dos seus limites, inovou a forma do Estado burguês no seu nascedouro. Foi um momento heurístico na fundação do Estado democrático e da política moderna. Se, depois dele, aí, sim, emergiria a “falsidade”, com o golpe de Luís Napoleão, restaurando o Império, tal fato não lhe retira a marca histórica, fixando a revolução e seu regime do mesmo lado da “verdade”.
Difícil não acolher a observação sobre quão temerário é falar de verdade e falsidade, especialmente no âmbito da política. Contudo, da mesma forma que o filósofo, é possível cogitar de que, em dose adequada, tal artifício pode resultar sugestivo do ponto de vista analítico.
Como países ou sociedades podem construir, em momentos específicos, notadamente nas eleições, referenciais de “verdade” que expressem o equacionamento possível das suas questões mais dilemáticas, evitando desenlaces destrutivos? Em regimes democráticos legitimados, o critério das eleições livres e periódicas estabelece o terreno no qual a sociedade é convocada a decidir entre uma aproximação à “verdade” ou o estabelecimento do seu contrário. Atualmente, a Venezuela é um caso exemplar em que as eleições não são senão o falseamento do que vive o país, sob o domínio cada vez mais brutal do “espírito de facção” imposto pelo bolivarianismo.
Com toda a precaução que esse tipo de recurso analítico exige, pode-se dizer que há eleições verdadeiras e falsas. As primeiras realizam-se no interior da legitimidade democrática e expressam o embate real em torno dos desafios que a sociedade vive. As segundas, mesmo que realizadas no interior da mesma legitimidade, bloqueiam essa dinâmica e o resultado é o afastamento da sociedade em relação ao “grande debate” que precisaria ser realizado. Uma eleição verdadeira convoca o país para a resolução efetiva de seus problemas, guarda uma relação forte com o presente e um sentido de futuro. Uma eleição falsa afasta-se disso ao impor à sociedade um embate irrealista, geralmente alimentado pela demagogia. Nesta as paixões não estabelecem nenhum diálogo com a dimensão racional da política e depois de contados os votos as energias se esvaem, o oportunismo se instaura e a inércia valida seus métodos.
Ante essa disjuntiva, pode-se dizer que foi verdadeira a eleição presidencial vencida por Emmanuel Macron, na França, e confirmada semanas depois em âmbito parlamentar. A centralidade do europeísmo e da modernização das relações entre Estado e sociedade definiram o quadro de embates reais e, além de os eleitores darem a vitória a Macron, aniquilaram a extrema direita, subalternizaram o republicanismo conservador e empurraram a velha esquerda para uma posição residual.
Pode-se dizer que, no Brasil, a eleição presidencial de 1989 foi uma eleição falsa, uma vez que os dois contendores do segundo turno, Collor e Lula, não representavam as estratégias políticas que guiaram o curso da transição para a democracia e que, atualizadas, dariam nova orientação para o futuro do País. O resultado não expressou o equacionamento dos problemas que então se viviam. Se Lula tivesse vencido, provavelmente se veria o mesmo. O resultado não tinha como ser positivo para o País.
As eleições subsequentes, ambas de FHC e de Lula, não podem ser vistas como falsas. O mesmo não se pode dizer das eleições que consagraram Dilma, interposta pessoa sob comando de Lula. A despeito do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral, a eleição de 2014 esteve eivada de corrupção e o embate que se travou dispensou os problemas reais do País, todos eludidos e abordados via marketing. Em 2014 o País entrou em perigosa deriva, perceptível na desconsideração das manifestações do ano anterior tanto pelos governantes de turno como por parte da oposição, que não compreenderam nem assimilaram a crítica da sociedade à falência dos serviços públicos e o seu repúdio à corrupção.
Hoje, a Operação Lava Jato é elemento-chave do cenário político. Além da notória inabilidade de Dilma, dos erros e crimes fiscais, a Lava Jato foi essencial para o clima que levou ao seu afastamento, assim como tem fustigado o presidente Temer, retirando-lhe a iniciativa política e boa parcela da sua sustentação parlamentar. Seguramente, o ethos de intransigência republicana da Lava Jato terá seu peso nas eleições de 2018, embora ainda não se vejam atores homólogos a ele no plano político-eleitoral, excetuando-se a retórica de agrupamentos residuais.
Vivemos um ambiente político angustiante, a despeito de parcos êxitos econômicos do governo. A expectativa de chegarmos a bom porto em 2018 esvai-se a cada dia, aproximando-nos de uma transição mitigada em suas principais tarefas, com Temer ou sem ele.
O pior que nos poderá acontecer é caminharmos para uma eleição falsa – provável, conforme muitos sinais –, que poderá mergulhar o País num poço de autoenganos. Reviver 1989 representará um retorno inconsequente e infeliz. É um momento em que o “pessimismo da razão” é essencial. Resta saber se haverá “otimismo da vontade” para enfrentar um desafio dessa monta.
* Alberto Aggio é historiador e professor titular da Unesp
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domingo, 9 de julho de 2017

É preciso reinventar a esquerda no país, diz Alberto Aggio, em entrevista ao Portal da FAP

                            Foto: Alberto Aggio no I Encontro de Jovens

A vida política brasileira anda bastante conturbada. De um lado se vive uma crise econômica, com quase 14 milhões de desempregados. Por outro lado, o Brasil também passa por uma crise ética na política, que não é de agora, mas que tomou proporções inimagináveis com as revelações da Operação Lava-Jato. 
Esta é a realidade que cerca os 120 participantes e que será debatida durante o II Encontro de Jovens Lideranças, evento organizado pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), que será realizado na Colônia de Férias Kinderland, em Paulo de Frontin (RJ), entre os dias 11 a 15 de julho. 
Para dar mais força à importância do debate dessa realidade vivida hoje em todo o Brasil, a FAP idealizou a palestra “Da revolução à democracia: uma esquerda a inventar”, que será ministrada pelo professor e historiador Alberto Aggio. “A discussão da esquerda é intrínseca à discussão da crise que o país vive”, disse Aggio. O historiador, que defende a necessidade de se reinventar a esquerda brasileira, é o entrevistado de hoje na série de entrevistas especiais que a FAP está publicando com os palestrantes do II Encontro. Confira, a seguir, alguns trechos da entrevista feita por Germano Martiniano:
FAP: Qual a importância de se discutir este tema com os jovens?
Alberto Aggio – A discussão da esquerda é intrínseca à discussão da crise que o país vive. Infelizmente, foram os governos de esquerda comandados pelo PT que colocaram o país na crise que ele está. Assim, é inevitável fazer essa discussão. Contudo, não se deve discutir apenas a partir do PT e de seus governos. Todos sabemos que a esquerda vive hoje uma crise de significados, de projeto e, principalmente, em relação às respostas à crise que o país enfrenta. Depois do PT não há como não se pensar numa reinvenção da esquerda no país.
FAP: por que a necessidade da esquerda se reinventar? O crescimento de movimentos de extrema direita é reflexo de um esgotamento da esquerda?
Alberto Aggio – Não creio que uma coisa esteja diretamente ligada à outra. Acho que a extrema direita cresce porque os dilemas contemporâneos envolvem todas as forças políticas e as respostas que essas forças têm que dar a uma mudança de época que estamos vivendo no mundo, na humanidade. É uma espécie de mutação antropológica o que estamos passando. Se a esquerda não se reinventa, ela se inabilita a ser um ator capaz de dar respostas à essa crise.
FAP: como você vê a esquerda no Brasil atualmente?
Alberto Aggio – A esquerda brasileira passa por um realinhamento em função do desastre que foram os governos do PT, em especial os de Dilma Rousseff. As alternativas que têm sido apresentadas, de certa forma, querem refazer o caminho do PT, desde suas origens. Em certo sentido, reconstruir o PT. Isso não tem sentido, o Brasil já é outro, o mundo já é outro. A esquerda que apoiou o PT carregou muitos elementos autoritários que já deveriam estar fora de discussão. Ela simpatiza com Cuba, com o chavismo, ainda guarda a perspectiva anti-imperialista que, num contexto de globalização, não faz mais sentido. Pensa ainda que a luta de classes é o motor da história e que devemos projetar uma revolução para o nosso país. Por outro lado, não valoriza a democracia que nós construímos, suas instituições e, por isso, não tem uma postura positiva de reformas dessas instituições e, portanto, da sociedade. Por outro lado, outros grupos de esquerda foram sufocados com o predomínio no PT e hoje são francamente minoritários. É o caso de uma esquerda democrática que pense a construção de uma sociedade moderna no país por meio da política e da cultura democrática. Diante da crise de referências, a esquerda não pode se projetar no país, senão, como uma força de centro-esquerda, que proponha um governo de centro-esquerda, reformista e democrático. Quem permanecer junto com o lulismo e sua narrativa não estará credenciado a fazer isso.
FAP: muitas pessoas consideram as reformas propostas pelo governo Temer como sendo de direita. Por outro lado, o mundo do trabalho está se modificando, a população brasileira envelhecendo, desta forma a esquerda não pode negar essa situação. Qual sua avaliação?
Alberto Aggio – As reformas de Temer não são nem de esquerda nem de direita. São, em primeiro lugar, emergenciais em função do descalabro que o petismo promoveu no Estado brasileiro. Por outro lado, elas avançam em alguns pontos que tocam numa necessária reforma estrutural do Estado. Em termos genéricos, pode-se dizer que ela é tímida como reforma à esquerda se pensarmos que ela nem projeta uma reforma tributária que valorize as necessidades básicas da população mais carente, que atinja os preços da cesta básica e também do desenvolvimento regional. A direita também deve imaginar que são reformas tímidas porque ela objetiva uma postura mais radical de diminuição do Estado e até de extinção da ação do Estado em alguns casos. A narrativa que visa estabelecer que as reformas de Temer são de direita, que retiram direitos, faz parte da narrativa petista de combate ao impeachment. Ela se situa num campo de reação e de revanche ao impeachment, visando sair da defensiva em que o PT foi colocado. Assim, não vejo como não estar no campo de discussão das reformas e apoiá-las naquilo que significa um avanço para o país. Acho essa a posição mais correta.
FAP: Qual mensagem você daria ao jovens que vão participar do II Encontro?
Alberto Aggio – Olha, o Encontro de Jovens é um momento importante, mas é apenas um momento. Pode-se extrair dele, além dos afetos que eventualmente possam ser gerados, um conjunto de questões para pensar a política em termos democráticos. Política é uma paixão que deve ser vivida para fortalecer a vida, para dar sentido a ela, um sentido positivo, desafiador, de inconformismo e de busca de realismo para atuar. Para os jovens que estarão lá, espero que essa seja uma descoberta valiosa.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Reunião do PPS define novas ações para o partido em Franca

"Franca precisa de lideranças mais representativas e o PPS está aberto a recebê-las"


Ontem, quarta-feira (05), foi realizada na Câmara Municipal de Franca reunião partidária do PPS. O encontro teve como objetivos: a reestruturação do partido; campanhas de filiação; e preparação para realização do congresso do PPS. 

O vereador e presidente da Câmara, Marco Garcia, esteve presente e reforçou a importância do partido neste cenário político tão conturbado nos dias de hoje. "O meu partido é o PPS. Um partido com posições claras, lideranças expressivas e que é capaz de negociar em beneficio do bem-comum. Negociar significa entrar em acordos com outras forças políticas sempre em benefício da população, ou seja, negócios públicos e não privados, em beneficio dos políticos. Esse tipo de coisa tem que acabar no Brasil. A população tem que se sentir representada e tem que saber que quem a representa tem uma postura ética em sua defesa", disse o vereador. 

A reunião era importante, pois, este ano será realizado o XIX Congresso Nacional do PPS, e antes dele, estarão ocorrendo os congressos municipais e estaduais, que visam o fortalecimento do partido a partir das cidades e dos Estados. Desta forma, ontem se reafirmou a necessidade de reorganizar o PPS em Franca visando seu fortalecimento e expansão.

Para que isso aconteça é preciso que o PPS constitua um Diretório, tenha organização, com cargos e funções especificas. A partir, dessa reestruturação novas ações serão realizadas pelo partido na cidade de Franca para atrair mais filiados. "Franca precisa de lideranças mais representativas e o PPS está aberto a recebê-las", salientou Marco Garcia. 

O Diretório do PPS Franca será formalizado na sessão de realização do Congresso do PPS em Franca. Nela também será eleita a sua Diretoria Executiva. Isso será amplamente divulgado e todos os filiados serão chamados a participar

"O PPS de Franca fará seu Congresso dentro em breve e para isso tem que se organizar e fundar seu diretório municipal. O que percebemos é que o PPS é um partido bem visto na cidade e no país, com políticos honestos, respeitáveis e que são grandes lideranças, como o nosso Marco Garcia. Acho que a população espera que a política se renove, supere essa situação de desconfiança de hoje em razão, principalmente do descalabro que o PT realizou no país quando foi governo. O PPS aparece assim com uma alternativa. É um partido que defende a democracia, a justiça social e uma maior igualdade entre os brasileiros. Acredita que o caminho para isso é a participação na vida política. Sem isso não há saída e não há esperança em dias melhores", finalizou Alberto Aggio, historiador, professor titular da UNESP e filiado ao PPS.




Na foto da esquerda para direita: Marcos Conceição Rodrigues, Ronaldo Carrijo, Luciana Aparecida dos Santos Santana, Wilson Carlos Gomes, Germano Martiniano, Alberto Aggio, Marco Garcia e Max Engler

Por: Germano Martiniano

terça-feira, 4 de julho de 2017

Marco Garcia: Premiação é para quem paga aluguel e o IPTU

Marco Garcia fala sobre a vitória na justiça de quem ganha o prêmio do IPTU. "Quem paga o aluguel e o IPTU é que terá direito sobre a premiação de 50 mil reais!", disse o vereador e presidente da Câmara Municipal de Franca.

Quem ganha com isso é a população, parabéns Marco Garcia! #PPSFranca




Veja o vídeo no Facebook:

https://www.facebook.com/marcoantoniogarcia.garcia.33/videos/1381430011935775/